terça-feira, 23 de novembro de 2010

Primeira mulher presidente no Brasil


Natural de Belo Horizonte, Dilma Rousseff, de 62 anos, é economista formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A ex-ministra iniciou sua militância política aos 16 anos, em Belo Horizonte, e passou para a luta armada contra o regime militar. Foi presa em 1970, por quase 3 anos, e submetida a tortura.

Em 1967, em Minas Gerais, Dilma casou-se com Claudio Galeno. O jornalista, cinco anos mais velho, era integrante do movimento Política Operária (Polop). O casamento não durou em meio à luta armada e Dilma casou-se novamente, em 1969, com o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo, que conheceu nas reuniões do Comando da Libertação Nacional (Colina). Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para Porto Alegre, em 1972. Em 1976, nasceu Paula Rousseff Araújo, sua única filha.

Embora tenha se firmado como candidata à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma é novata no PT, Partido dos Trabalhadores. Em 1980, ela ajudou a fundar o PDT, legenda à qual permaneceu filiada até 2001, quando ingressou em sua atual legenda. Durante a campanha presidencial de 2002, que levou Lula ao Palácio do Planalto, Dilma ganhou destaque na equipe responsável por formular o plano de governo na área energética. Foi convidada então a ocupar a pasta de Minas e Energia em 2003. Dilma permaneceu à frente do ministério até junho de 2005.

Ela substituiu o ex-ministro José Dirceu, acusado de operar o esquema do mensalão. Em abril de 2009, revelou que estava se submetendo a tratamento contra um linfoma descoberto em um exame de rotina. Após sessões de radioterapia e quimioterapia, Dilma diz estar curada do câncer. Em junho deste ano, o PT oficializou a candidatura de Dilma à presidência da República nas eleições 2010.
http://ultimosegundo.ig.com.br/dilmarousseff/p1237730472540.html

Governo Lula


Os problemas enfrentados durante a crise econômica no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso reavivou antigas questões políticas que marcaram a recente experiência democrática no país. Vivia-se o impasse de uma democracia plena onde os problemas de ordem social e econômica não pareciam ter uma clara via de solução. As esquerdas tentavam, desde o inicio da Nova Republica, postarem-se como uma opção a população brasileira.

O Partido dos Trabalhadores, valendo-se da trajetória política junto às casses trabalhadoras de Luis Inácio Lula da Silva era um dos maiores partidos de oposição da época. Conquistando alguns governos em esfera estadual e municipal tentavam alavancar o antigo desejo de colocar Lula a frente da presidência. Em 2002, o sonho de um mandato popular e de uma nova esperança ao povo brasileiro finalmente colocou o antigo sindicalista no cargo Maximo do Estado brasileiro.

Sentimentos de mudança e transformação tomavam conta das expectativas em torno daquele novo presidente. No entanto, percebemos que o tom da esquerda que chegou ao poder em 2003 era bem mais reformista do que revolucionário. No plano econômico, Lula deu continuidade a diversas posturas anteriormente adotadas no governo FHC. A escolha de um oposicionista frente ao Banco Central foi o mais claro tom dessa política continuísta.

As medidas conservadoras na economia também dividiram espaço com os programas sociais de seu governo. Diversos programas assistencialistas e a criação de bolsas aos mais necessitados sustentavam o caráter popular do governo Lula. Os mais exaltados chegavam a acusá-lo de populismo. Em meio a tantas expectativas, o governo parecia buscar a rota do desenvolvimento sem que para isso tivesse que adotar medidas de grande impacto.

Os setores políticos mais a esquerda, já no primeiro mandato, começavam a manifestar a sua frustração. Petistas históricos como Heloísa Helena e João Batista Babá afastaram-se do governo ao perceber as negociações e manobras políticas do governo junto aos setores de oposição. A aparência dúbia do governo Lula, ainda assim, não provocou nenhum tipo de entrave político maior.

Nos eventos entre os grandes lideres de Estado, o presidente Lula destacava-se por sua articulação política e sua defesa pelos países em desenvolvimento. Além disso, a diplomacia tentou abrir portas para o pais junto a grandes organismos internacionais como a ONU. O envio de tropas brasileiras à regiões de conflito (Haiti e Timor Leste) e a realização de competições internacionais (Pan-Americano) são ações que visam dar uma imagem positiva no cenário internacional.

Todo esse raio de ação do governo parecia colocar o governo Lula como um mediador entre os interesses antagônicos dos diversos setores da nossa sociedade. Em 2005, uma serie de escândalos políticos pareciam colocar em risco a estabilidade governamental. O chamado “esquema do mensalao”, que envolvia a compra de votos de deputados no Congresso Nacional, abalou antigas bandeiras e perspectivas políticas daqueles que defendiam o governo Luis Inácio Lula da Silva.

Mesmo que os escândalos de corrupção não fossem nenhuma novidade em nossa história, a existência dos mesmos entre integrantes do PT, até então considerado um dos últimos bastiões da ética política no país, causou um amplo debate político. Muitos analistas e críticos diziam que a corrupção no governo Lula representou o ocaso do projeto político das esquerdas no Brasil. A sociedade, ao assistir tais denúncias, parecia colocar a classe política em total e definitivo descrédito. Nas eleições de 2006, Lula garantiu mais um mandato na política assistencialista e na estabilidade econômica do país.

A reeleição de Lula ainda não pode definir o atual cenário político da nação. Alguns apontam que as oposições são uma mera fachada que esconde uma trama de acordos e interesses obscuramente pré-estabelecidos. Outros já dão como certa as articulações para um terceiro mandato de Lula. Em meio tantas possibilidades, as próximas eleições vão abrir uma nova página na história política do Brasil.
http://www.mundoeducacao.com.br/historiadobrasil/governo-lula.htm

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Tecnologia


Internet e tecnologia... assuntos esses bastante procurados hoje em dia, pois atualmente já não estamos mais podendo viver sem internet, é através dela que realizamos grande parte de nossas atividades, seja pra pesquisas, pra relaxar, pra hobby, jogar, fazer amizades, trocar idéias, experiências e até mesmo ganhar dinheiro! Fantástico! O que até pouco tempo atrás era a chamada ´ficção científica´, hoje esta está aí, cada dia que passa batendo mais e mais às nossas portas, sempre se reinventando, se aperfeiçoando, ajudando...Daqui uns anos iremos andar de carros voadores; estaremos onipresentes em qualquer lugar, pois a internet será totalmente móvel e acoplada às nossas roupas; assistiremos televisão e jogaremos videogames pelos nossos carros, pois telas estarão acopladas neles; os mouses serão trocados pelos nossos próprios dedos, pois as telas se tornarão totalmente sensíveis ao nosso toque etc.Muitos indagam se a tecnologia pode ou poderá prejudicar as próximas gerações, pois ela estaria muito apressada e muitas vezes tirando a fantasia do lúdico etc. Tudo na vida tem vantagens e desvantagens, tempos e tempos, a cultura acompanha a tecnologia de acordo com o tempo, assim como antes não existiam telefones! Então pode-se dizer que a tecnologia teria muito mais vantagens do que desvantagens. Nos faz crescer, se desenvolver e se adaptar a ela. E isso é sem dúvida um grande passo para a humanidade.
http://pt.shvoong.com/internet-and-technologies/1647365-avan%C3%A7o-da-tecnologia/

Dívida externa


Dívida externa é o montante de débitos que um país possui, provenientes de empréstimos feitos no exterior. Estes empréstimos são feitos com bancos estrangeiros, governos de outros países ou instituições financeiras internacionais (Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial).

Consequências negativas para a economia de uma país

Uma dívida externa elevada pode ser prejudicial para um país, principalmente se este for pobre ou em desenvolvimento, pois cria uma dependência com relação aos credores. Muitas vezes, o país com alta dívida externa não consegue saldar toda a dívida e compromete boa parte de seus recursos para pagar os juros.

Dívida externa brasileira

O Brasil é um exemplo de país com elevada dívida externa. Nossa dívida externa começou logo após o processo de independência (1822). Para reconhecer a Independência do Brasil, Portugal exigiu o pagamento de 3 milhões de libras esterlinas. Como o Brasil não possuía tantos recursos, fez um empréstimo à Inglaterra e efetuou o pagamento em 1824. Tinha início nossa dívida externa.

Em 2009, a dívida externa brasileira está por volta de 200 bilhões de dólares.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) surgiu na Conferência de Bretton Woods nos EUA com o intuito de garantir estabilidade ao comércio internacional através de apoio técnico (treinamento, capacitação), e ajuda financeira aos seus países membros (181 atualmente), além de favorecer a cooperação entre os mesmos.

Criado em 1945 juntamente com o BIRD (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento, o Banco Mundial), o FMI é um fundo que conta com os investimentos dos países membros que são representados pela Assembléia de Governadores composta por um representante titular e um alterno de cada país.

Entretanto o voto é bastante concentrado, apenas 5 países desenvolvidos detêm 39% dos votos, sendo que os EUA possuem poder de veto sobre qualquer decisão de mudanças no estatuto do Fundo visto que para qualquer alteração deve-se ter uma maioria de 85%.

O Brasil, por exemplo, foi um dos membros fundadores do FMI e detém apenas 1,40% dos votos, menos do que a Bélgica com 1,43% que tem uma população muito menor. Todos os países em desenvolvimento juntos somam cerca de 40% do total de votos apenas. Os países da África, por exemplo, possuem poder de decisão quase nulo.

Uma das atividades principais do FMI é o ato de emprestar dinheiro aos países que necessitam de recursos seja para saldar dívidas públicas ou equilibrar a balança comercial.

Praticamente todos os países da América Latina possuem alguma dívida com o FMI que vão sendo roladas através de negociações e pagamento dos juros, para o que, na maioria das vezes, empresta-se mais dinheiro para saldar os juros da dívida.

Em 2005 a dívida externa brasileira representava 51,2% do PIB, mas é importante lembrar que nem toda a dívida externa brasileira se refere ao FMI. O Brasil fechou empréstimos com outras entidades como, por exemplo, o Banco Mundial e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Sem contar que existem os títulos da dívida pública que na maior parte encontram-se nas mãos de investidores e empresas privadas.

A história da dívida pública brasileira se iniciou há muitos anos, na época em que o Brasil ainda era colônia portuguesa e realizou empréstimos para “saldar dívidas com Portugal”. Depois disso, foram sendo feitos sucessivos empréstimos com o intuito de sanar a primeira dívida, ou na tentativa de alavancar a economia para que fosse possível salda-la. Mas todas as tentativas redundaram em fracasso, explodindo em 1982 quando se iniciou a pior crise financeira pela qual o país já passou. Durante sete anos a renda per capita brasileira caiu sem parar até 1992 e a inflação chegou a 2.700% em 1993.

Mas o problema com o FMI, começou na verdade, durante o período da Ditadura Militar (1964-19885) quando, em 1973 ocorre a “Crise do Petróleo” que fez com que o Brasil (que já tinha uma dívida externa) se visse obrigado a recorrer ao FMI em 1982, quando já não havia mais outra saída para enfrentar a crise que se abatera sobre a economia.

A partir daí o que se segue são negociações em torno de novos empréstimos e tentativas de ir rolando a dívida. Em 1985 o FMI suspende a ajuda pelo descumprimento de algumas metas e só retoma as negociações em 1988 quando o Brasil fecha mais um acordo, de US$1,4 bilhão dos quais só recebe US$477 milhões. Em 1987 o Brasil havia decretado moratória unilateral e suspendido o pagamento da dívida e só volta a renegociá-la em 1994 regularizando o crédito externo.

Por fim, em dezembro de 2005 o Brasil quita a dívida com o FMI pagando o valor de US$15,5 bilhões que venceriam até o final de 2007 (não confunda com a dívida externa que ainda existe). Com isso, segundo o então Ministro Antônio Palocci, o Brasil irá economizar US$900 milhões em juros.

Fontes: http://www.mre.gov.br, http://www.cefetsp.br, http://www.economiaonline.com.br

Globalização


O que é Globalização?

Chama-se globalização, ou mundialização, o crescimento da interdependência de todos os povos e países da superfície terrestre. Alguns falam em “aldeia global”, pois parece que o planeta está ficando menor e todos se conhecem(assistem a programas semelhantes na TV, ficam sabendo no mesmo dia o que ocorre no mundo inteiro).

Um exemplo: Você vê hoje uma indústria de automóveis que fabrica um mesmo modelo de carro em montadoras de 3 países diferentes e os vende em outros 5 países. As empresas não ficam mais restritas a um país, seja como vendedora ou produtora.

A História da Globalização

Tendo uma visão apenas da Globalização econômica a História, vamos encontrá-la já muito antes do Império Romano. A Globalização aparece na constituição do Império Chinês; na civilização egípcia, que manteve o domínio de todo o continente africano; Na Grécia, que apesar das cidades-estado, que mesmo independentes viam uma globalização da economia. O que os Romanos fizeram foi jurisdicizar a Globalização da economia. Os gregos descobriram o direito. Mas é em Roma que o direito surge como instrumento de poder, pois só assim os romanos poderiam organizar e controlar o Estado. Além disso, com a expansão territorial, os romanos se vêem obrigados a construir uma rede de estrada, que possibilitou a comercialização e a comunicação entre os diversos povos.

Porque os portugueses se lançaram às grandes descobertas? Não só para se proteger dos mouros espanhóis, mas também para procurar novas rotas comerciais de globalização. Nesses séculos(XIV e XV), ocorreu um descompasso entre a capacidade de produção e consumo. O resultado disso era uma produtividade baixa e falta de alimento para abastecer os núcleos urbanos, enquanto a produção artesanal não tinha um mercado consumidor, a solução para esses problemas estava na exploração de novos mercados, capazes de fornecer alimentos e metais a ao mesmo tempo, aptos a consumir os produtos artesanais europeus.

Outro exemplo que temos, é do século XIX, chamado de Imperialismo ou neocolonialismo. Ocorreu quando a economia européia entrou em crise, pois as fábricas estavam produzindo cada vez mais mercadorias em menos tempo, assim, com uma superprodução, os preços e os juros despencaram. Na tentativa de superar a crise, países europeus, EUA e Japão buscaram mercados para escoar o excesso de produção e capitais. Cada economia industrializada queria mercados cativos, transformando o continente Africano e Asiático em centro fornecedor de matéria prima e consumidores de produtos industrializados, gerando com isso um alto grau de exploração e dependência econômica.

Podemos comparar essa dependência econômica e exploração com os dias de hoje, pois é difícil de acreditar na possibilidade de os países desenvolvidos serem generosos com os demais, os emergentes e subdesenvolvidos.

Já no final dos anos 70, os economistas começaram a difundir o conceito de globalização, usada para definir um cenário em que as relações de comércio entre os países fossem mais freqüentes e facilitadas. Depois, o termo passou a ser usado fora das discussões econômicas.

Assim, as barreiras comerciais entre os países, começaram a cair, com a diminuição (a eliminação) de impostos sobre importações, o fortalecimento de grupos internacionais (como o Mercosul ou a Comunidade Européia) e o incentivo do governo de cada país à instalação de empresas estrangeiras em seu território.


O Dia-a-dia da Globalização

Para se ter idéia desse processo, saiba que nos anos 60 somente cerca de 25 milhões de pessoas viajavam de avião de um país para outro, por ano, hoje em dia esse número subiu para cerca de 400 milhões de ligações telefônicas entre os EUA e a Europa, atualmente essas ligações chegam a 1 bilhão por ano. Em 1980 o volume dos investimentos de residentes de um país nos mercados de capitais (compra de ações de empresas) de outros países atingia a quantia de 120 milhões de dólares; em 1990, dez anos depois, esse valor já atingia a casa dos 1,4 trilhões de dólares, Isso quer dizer que as economias nacionais estão se desnacionalizando em ritmo acelerado, pois os norte-americanos possuem ações ou títulos de propriedades no Japão, na Europa e na América Latina, japoneses investem em empresas norte-americanas ou coreanas, alemãs compram ações de firmas russas ou tailandesas, etc.

A Globalização está associada a uma aceleração do tempo. Tudo muda mais rapidamente hoje em dia. E os deslocamentos também se tornaram muito rápidos: o espaço mundial ficou mais integrado.

Em 1950 eram necessários 18 horas para um avião comercial cruzar o oceano Atlântico, fazendo a rota NY-Londres. Em 1990 essa rota era feita em somente 3 horas, por um avião supersônico, e até o final do século esse tempo vai se reduzir ainda mais.

Em 1865, quando o presidente dos EUA, Abraham Lincoln, foi assassinado, a notícia levou 13 dias para chegar na Europa. Hoje em dia bastam apenas alguns segundos para uma notícia qualquer cruzar o planeta, seja por telefone, seja por fax ou até mesmo pelas redes de TV. Além disso, o mundo inteiro acompanha o fato de mulheres canadenses conquistando o direito de andarem de seios nus em qualquer lugar, ou as pessoas do mundo inteiro cada vez mais comendo nas mesmas cadeias de “fast food”, bebendo os mesmos refrigerantes, vestindo jeans, ouvindo músicas semelhantes e assistindo aos mesmos filmes.

Vantagens e Desvantagens

Prós e Contras

A abertura da economia e ao Globalização são processos irreversíveis, que nos atingem no dia-a-dia das formas mais variadas e temos de aprender a conviver com isso, porque existem mudanças positivas para o nosso cotidiano e mudanças que estão tornando a vida de muita gente mais difícil. Um dos efeitos negativos do intercâmbio maior entre os diversos países do mundo, é o desemprego que, no Brasil, vem batendo um recorde atrás do outro.

No caso brasileiro, a abertura foi ponto fundamental no combate à inflação e para a modernização da economia com a entrada de produtos importados, o consumidor foi beneficiado: podemos contar com produtos importados mais baratos e de melhor qualidade e essa oferta maior ampliou também a disponibilidade de produtos nacionais com preços menores e mais qualidade. É o que vemos em vários setores, como eletrodomésticos, carros, roupas, cosméticos e em serviços, como lavanderias, locadoras de vídeo e restaurantes. A opção de escolha que temos hoje é muito maior.

Mas a necessidade de modernização e de aumento da competitividade das empresas, produziu um efeito muito negativo, que foi o desemprego. Para reduzir custos e poder baixar os preços, as empresas tiveram de aprender a produzir mais com menos gente. Incorporavam novas tecnologias e máquinas. O trabalhador perdeu espaço e esse é um dos grandes desafios que, não só o Brasil, mas algumas das principais economias do mundo têm hoje pela frente: crescer o suficiente para absorver a mão-de-obra disponível no mercado, além disso, houve o aumento da distância e da dependência tecnológica dos países periféricos em relação aos desenvolvidos.

A questão que se coloca nesses tempos é como identificar a aproveitar as oportunidades que estão surgindo de uma economia internacional cada vez mais integrada.

Cidadão Globalizado

Com todas essas mudanças no mercado de trabalho, temos que tomar muito cuidado para não perder espaço. As mudanças estão acontecendo com muita rapidez. O cidadão para segurar o emprego ou conseguir também tem de ser manter em constante atualização, ser aberto e dinâmico. Para sobreviver nesse mundo novo, precisamos estar em sintonia com os demais países e também aprendendo coisas novas todos os dias.

Ser especialista em determinada área, mas não ficar restrita a uma determinada função, porque ela pode ser extinta de uma hora para outra. É preciso atender a requisitor básicos, como o domínio do computador, de outros idiomas e mais do que tudo é preciso não ter preconceito em relação a essas mudanças. Não adianta lutar. As empresas querem empregador dispostos a vencer desafios.

Soluções e Perguntas

1- Como sustentar o processo de Globalização da economia sem acelerar a onda do desemprego e sem engrossar, em todo o mundo, a multidão de trabalhadores que hoje não encontram o que fazer?

2- A questão que se coloca é como identificar e aproveitar as oportunidades que estão surgindo de uma economia internacional cada vez mais integrada.

3- Como lutar contra a exclusão social dos países em desenvolvimento?

4- Somente a afirmação de uma consciência mundial que milite em favor da perspectiva humanista e universialista e que seja assumida por movimentos sociais, por organizações, por partidos políticos, por religiões, etc, poderá traduzir-se num movimento de pressão capaz de mudar a postura cínica dos poderes econômicos e políticos mundiais que só se preocupam com arranjos seletivos, que excluem soluções efetivas para agenda social da humanidade.

5- Kant, o filosofo alemão escreveu que uma nova ordem mundial iria surgir. A única dúvida era se ela nasceria da unanimidade ou da experiência do sofrimento.

6- Nós temos é de aprender a conviver tanto com o lado positivo como o negativo de todas essas mudanças.
http://orbita.starmedia.com/achouhp/geografia/globalizacao.htm

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Diretas Já


Diretas Já foi um dos movimentos de maior participação popular, da história do Brasil. Teve início em 1983, no governo de João Batista Figueiredo e propunha eleições diretas para o cargo de Presidente da República. A campanha ganhou o apoio dos partidos PMDB e PDS, e em pouco tempo, a simpatia da população, que foi às ruas para pedir a volta das eleições diretas.

Sob o Regime Militar desde 1964, a última eleição direta para presidente fora em 1960. A Ditadura já estava com seus dias contados. Inflação alta, dívida externa exorbitante, desemprego, expunham a crise do sistema. Os militares, ainda no poder, pregavam uma transição democrática lenta, ao passo que perdiam o apoio da sociedade, que insatisfeita, queria o fim do regime o mais rápido possível.

Em 1984, haveria eleição para a presidência, mas seria realizada de modo indireto, através do Colégio Eleitoral. Para que tal eleição transcorresse pelo voto popular, ou seja, de forma direta, era necessária a aprovação da emenda constitucional proposta pelo deputado Dante de Oliveira (PMDB – Mato Grosso).
A cor amarela era o símbolo da campanha. Depois de duas décadas intimidada pela repressão, o movimento das Diretas Já ressuscitou a esperança e a coragem da população. Além de poder eleger um representante, a eleição direta sinalizava mudanças também econômicas e sociais. Lideranças estudantis, como a UNE (União Nacional dos Estudantes), sindicatos, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), intelectuais, artistas e religiosos reforçaram o coro pelas Diretas Já.

Foram realizadas várias manifestações públicas. Mas dois comícios marcaram a campanha, dias antes de ser votada a emenda Dante de Oliveira. Um no Rio de Janeiro, no dia 10 de abril de 1984 e outro no dia 16 de abril, em São Paulo. Aos gritos de Diretas Já! mais de um milhão de pessoas lotou a praça da Sé, na capital paulista.

Uma figura de destaque deste movimento foi Ulysses Guimarães (PMDB), apelidado de “o Senhor diretas”. Outros nomes emblemáticos da campanha foram o atual presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, a cantora Fafá de Belém e o apresentador Osmar Santos.

No dia 25 de abril de 1984, o Congresso Nacional se reuniu para votar a emenda que tornaria possível a eleição direta ainda naquele ano. A população não pode acompanhar a votação dentro do plenário. Os militares temendo manifestações reforçaram a segurança ao redor do Congresso Nacional. Tanques, metralhadoras e muitos homens sinalizavam que aquela proposta não era bem-vinda.

Para que a emenda fosse aprovada, eram necessários 2/3 dos votos. A expectativa era grande. Foram 298 votos a favor e 65 contra e 3 abstenções (outros 112 deputados não compareceram). Para ser aprovada, a proposta precisava de 320 votos.

Com o fim do sonho, restava ainda a eleição indireta, quando dois civis disputariam o cargo. Paulo Maluf (PDS) e Tancredo Neves (PMDB) foram os indicados. Com o apoio das mesmas lideranças das Diretas Já, Tancredo Neves venceu a disputa.
http://www.infoescola.com/historia/diretas-ja/

Governo Collor


Após quase trinta anos sem eleições diretas para Presidente da República, os brasileiros puderam votar e escolher um, entre os 22 candidatos que faziam oposição ao atual presidente José Sarney. Era novembro de 1989. Após uma campanha agitada, com trocas de acusações e muitas promessas, Fernando Collor de Mello venceu seu principal adversário, Luís Inácio Lula da Silva.

Collor conquistou a simpatia da população, que o elegeu com mais de 42% dos votos válidos. Seu discurso era de modernização e sua própria imagem validou a idéia de renovação. Collor era jovem, bonito e prometia acabar com os chamados “marajás”, funcionários públicos com altos salários, que só oneravam a administração pública.

Sua primeira medida, ao tomar posse no dia 15 de março de 1990, foi anunciar seu pacote de modernização administrativa e vitalização da economia, através do plano Collor I, que previa, entre outras coisas:

- Volta do Cruzeiro como moeda;
- Congelamento de preços e salários;
- Bloqueio de contas correntes e poupanças no prazo de 18 meses;
- Demissão de funcionários e diminuição de órgãos públicos;

O objetivo deste plano, segundo Collor, era conter a inflação e cortar gastos desnecessários do governo. Porém, estas medidas não tiveram sucesso, causando profunda recessão, desemprego e insatisfação popular.

Trabalhadores, empresários, foram surpreendidos com o confisco em suas contas bancárias. O governo chegou a bloquear em moeda nacional o equivalente a oitenta bilhões de dólares.

O governo Collor também deu início às privatizações das estatais e à redução das tarifas alfandegárias. Com produtos importados a preços menores, a indústria nacional percebeu a necessidade de se modernizar e correr atrás do prejuízo.

Seis meses após o primeiro pacote econômico, Collor lançou um segundo plano, o Collor II, que também previa a diminuição da inflação e outros cortes orçamentários. Mas, novamente, não obteve êxito e só fez aumentar o descontentamento da população.

A ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello, não suportou a pressão e em maio de 1991 pediu demissão do cargo. Em seu lugar, assumiu Marcílio Marques Moreira, até então embaixador do Brasil, em Washington. Marcílio não lançou nenhuma medida de impacto. Sua proposta era liberar os preços e salários gradualmente, porém não teve bons resultados.

A esta altura, surgiram várias denúncias de corrupção na administração Collor, envolvendo ministros, amigos pessoais e até mesmo a primeira dama, Rosane Collor. Paulo César Farias, ex-tesoureiro da campanha e amigo do presidente, foi acusado de tráfico de influência, lavagem e desvio de dinheiro.

Em entrevista à revista Veja, Pedro Collor, irmão do presidente, foi quem revelou os esquemas, que envolviam também Fernando Collor. A notícia caiu como uma bomba. A população, já insatisfeita com a crise econômica e social, revoltou-se contra o governo.

Foi instalada uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), a fim de investigar a participação de Collor no esquema chefiado por PC Farias. Num ato desesperado para salvar seu mandato, Collor fez um discurso em rede nacional e pediu para que os brasileiros fossem às ruas, vestidos de verde e amarelo, em gesto de apoio ao presidente. Realmente, o povo foi às ruas, mas vestido de preto e exigindo o impeachment de Collor.

No dia 29 de setembro de 1992 a Câmara dos Deputados se reuniu para votar o impeachment do presidente, ou seja, sua destituição do cargo. Foram 441 votos a favor do impeachment e somente 38 contra. Era o fim do “caçador de marajás”. No lugar de Collor, assumiu o vice-presidente, Itamar Franco.

http://www.infoescola.com/politica/governo-collor/

Plano cruzado


Tancredo Neves foi eleito Presidente por eleição indireta, e sua vitória foi recebida com muito entusiasmo e esperança pela maioria dos brasileiros. Ele era um político moderado, porem um adversário declarado do regime autoritário até então. Não assumiu a presidência porque na véspera da sua posse é internado no Hospital de Base, em Brasília, com fortes dores abdominais.

O vice José Sarney havia rompido com a Arena há pouco tempo e o povo tinha receio que o regime autoritário continuasse disfarçado. No dia 15 de março de 1985 ele assume interinamente no lugar do Tancredo, que sofreu sete cirurgias e veio a falecer em 21 de Abril de 1985, aos 75 anos de idade, com infecção generalizada. No dia seguinte a 22 de Abril Jose Sarney foi investido oficialmente no cargo até 1990, um ano a mais que o previsto na carta-compromisso da Aliança Democrática, responsável pela sua chegada ao poder. Manteve o Serviço Nacional de Informações (SNI), considerando-o adaptável a outro contesto, causando-lhe algum desgaste político. Porem seu governo foi marcado por um clima de liberdades democráticas.

A política econômica do governo anterior, com descontrole econômico, inflação fora de controle e um grande déficit publico, todos esses problemas deram continuidade no inicio do governo Sarney, chegando a 225,16% no primeiro ano de seu governo, com isso o novo governo sofreu um grande desgaste político. No dia 1º de março de 1986 foi instituído o "Plano Cruzado". Essa reforma monetária cortou três zeros, e o "Cruzeiro" foi substituído pelo "Cruzado", seguido de um congelamento de preços, tudo isso sob o comando do ministro da Fazenda, Dílson Funaro. Essa reforma monetária tinha como objetivo reequilibrar a economia e resgatar o prestigio do governo que já estava um tanto abalado.

O "Plano Cruzado I" teve como principio o congelamento de preços por um ano, e os salários foram congelados, pelo valor médio dos últimos seis meses, mais um abono de 8%. Também foi criado o "gatilho salarial", toda vez que a inflação atingir ou ultrapassar 20% os salários teriam correção automática com o mesmo índice, mais as diferenças negociadas nos dissídios coletivos das diferentes categorias. A correção monetária foi extinta e criada o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), para correção da poupança e aplicações financeiras superiores há um ano.

No inicio o povo foi tomado por uma grande euforia, onde todos os consumidores foram convocados a se tornar fiscal do Sarney, denunciando as remarcações, para que o congelamento tivesse êxito. A inflação foi contida, o poder aquisitivo cresceu, Com o aumento dos salários e o congelamento, aumentou-se o consumo, porem a forte demanda abalou o congelamento e levou o Plano Cruzado ao fracasso. Com quatro meses de vida o plano já mostrava a sua fragilidade, as mercadorias desapareceram das prateleiras dos supermercados, os fornecedores cobravam ágio e a inflação volta a subir. O governo mantem o congelamento até as eleições, pois o povo não entendia a gravidade do problema e no final de 1986, o PMDB ainda conseguiu bons resultados nas eleições, por conta do Plano Cruzado.

O PMDB partido do governo aproveitou bem a propaganda do Plano Cruzado e venceu nos principais Estados do Brasil. Porem a sua economia estava desorganizada, com a inflação em alta. O governo após as eleições, a 21 de novembro de 1986 lança o "Plano Cruzado II" no qual libera os preços dos produtos e serviços, o reajuste dos aluguéis deveria ser negociado entre proprietários e inquilinos, também alterou o cálculo da inflação, que passaria a ter como base de cálculo, os gastos com famílias com renda de até cinco salários mínimos e os impostos das bebidas e cigarros foram reajustados. As exportações caíram enquanto as importações aumentavam, esgotando as reservas cambiais. O Plano cruzado II foi outro desastre, porque a inflação disparou, os combustíveis subiram 60,16%, automóveis 80%, bebidas 100%. O Brasil decreta moratória, suspendendo o pagamento da divida externa em 20 de janeiro de 1987. O Ministro da Fazenda Dílson Funaro depois de dois planos sem sucesso é substituído por Luiz Carlos Bresser Pereira.

O "Plano Bresser" foi apresentado por Bresser Pereira que assumiu o ministério da Fazenda em 29 de abril de 1987, com sérios problemas de inflação e um mês depois de sua posse a inflação atingiu 23,26%. O grande vilão era o déficit público, onde o governo gastava mais do arrecadava, então em junho de 1987 foi apresentado o "Plano Bresser" onde decretava congelamento de preços, dos alugueis e salários por 60 dias. E para diminuir o déficit público toma algumas medidas, como: aumentar tributos eliminou o subsidio do trigo e as obras de grande porte já planejadas foram adiadas, entre elas o trem bala entre São Paulo e Rio, Ferrovia Norte Sul, pólo-petroquímico do Rio de Janeiro e desativa o gatilho salarial. Retomou as negociações com o FMI suspendendo a moratória. Mesmo com todas essas medidas a inflação chegou a 366% em dezembro de 1987. O Bresser deixa o ministério em 6 de janeiro de 1988 e é substituído por Maílson da Nóbrega.

Maílson da Nóbrega assumiu o Ministério da Fazenda propondo uma política econômica sem medidas drásticas, tentar conviver com a inflação fazendo ajustes localizados, essa política foi denominada de "Feijão com Arroz", a qual deveria evitar a hiperinflação. Porem em 1988 a inflação chega a 933% e o governo lança mais um plano econômico.

O "Plano Verão" foi apresentado por Maílson da Nóbrega, em 15 de janeiro de 1989, o plano econômico cortou três zeros; criado o "Cruzado Novo"; mais um congelamento de preços; foi extinta a correção monetária; propôs a privatização de algumas estatais e cortes nos gastos públicos, onde os funcionários contratados nos últimos cinco anos seriam exonerados. Os cortes não aconteceram ficou só no papel e mais um plano econômico desastroso. Em dezembro do mesmo ano a inflação atingiu 53,55%. Para se ter idéia da gravidade em que se encontrava a nossa economia, de fevereiro de 1989 a fevereiro de 1990, a inflação atingiu 2.751%.

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